segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"50 ou quer que aperte?"

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18 de janeiro, 8am, o que eu pensei que seria um medíocre passeio pra ver trajes sociais pro casamento da minha irmã com meu pai, acabou sendo mais.
Fomos à frente da loja e ficamos esperando até ela abrir, eu e ele, atônitos, e observando a vitrine vultosamente ilustrada por ternos e blazeres.
Quando abriu, fui vendo o que meu pai estava selecionando, dentre camisas e gravatas e ele perguntava se ficava bom ou não, e com estilo ele me dizia qual design de gravata combina com a camisa, qualquer milimétrico detalhe, desde a cor do fio riscando pra combinar seja com o sapato ou com o relevo da vestimenta. Eu era bem leigo nesses assuntos, me senti de novo criança.

Não qual seria o momento mais legal: ele me ensinando essas combinações; na amizade que ele tem com os vendedores; escolhendo medidas; talvez o blazer preto-corvo novo...; ou vendo ele conversando sobre colarinhos e riscas-de-giz enquanto eu lia numa revista um conto erótico numa sala de acupuntura do grande Nelson Motta; ou pode ser que na mesma revista era a Playboy da Fernanda Young, com partes nuas do seu corpo (muito boas por sinal) quase que "esquentando" no local da sessão de fotos um livro de antologias de Charles Bukowski (ah, como eu queria ser esse romântico naquele momento rsrsrsr); ou também se era eu escutando "Azul Invisível Vermelho Cruel", album de Lula Queiroga; enfim, foi uma manhã de pai e filho.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Music Is Through...

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Aí vão umas sugestões de albums pra ouvir e umas resenhas:

Thee Silver Mt. Zion Memorial Orchestra - Kollaps Tradixionales

Novo dos prodigios conterrâneos do Godspeed You! Black Emperor, post-rock de qualidade, até que bem cru se ouvir da 1ª vez mais uma escolha boa.
Destaques: 'Piphany Rambler e There Is A Light





Vampire Weekend - Contra

Esperado lançamento pra começar a década dançando à uma banda indie ótima.
Destaques: Diplomat's Son, Cousins, Giving Up The Gun e White Sky






Art Brut - Art Brut Vs. Satan

Se procura punk-rock-indie, com sotaque bem inglês, com letras excelentes ou simplesmente quer algo para debelar um pilar?! Art Brut soube aproveitar bem essa mistura sempre em seus albuns, mas guardo meus parabéns ao lançamento de 2009 deles.
Destaques: Alcoholics Unanimous, What A Rush e Mysterious Bruises


Outro post eu volto com mais sugestões para conhecer mais do que o convencional.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trovadas e TOC's

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Imaginem, Sergio, um adolescente de 14 anos, atlético, boa pinta, excelente estudante, indo pro seu 1º sarau (se é que se chama ainda assim as noitadas).
Ele toma banho, se perfuma com seu Kaiak (vulgo almisca de guri convencido), põe uma calça tamanho 40 da M.Officer, uma camiseta da Ecko e um boné do NY.
Pega seu Nokia com teclado, pós-pago e com uma gama de bonus e sua carteira de couro Colcci; dá um beijo de despedida na sua mãe, um aperto de mão no pai e pega um taxi.
No caminho o pai liga e diz pra ele não se esqueçer do seu problema...
Hesitando, Sergio concorda e vai até o baile.

Ele chega não se achando o macho-alfa da cidade, ele vai devagar, cumprimenta conhecidos, passa por amigos, conversa, ri, flerta com algumas meninas com saias meio curtas, Mellisas púrpuras e bolsas Roxy mas foi em vão, elas viram uma gangue de mulambos suando pelas suas XXL's.

Enquanto ele vagueia pelo mezanino do clube, uma modesta menina chamada Veronica, delicada, tomando uma Fanta Laranja com uma cara dissimulada e insone o encara furtivamente; o que quase ninguém sabia é que esta menina tinha uma peculiaridade, ela terminava qualquer função com suas mãos e já ia para o toilet lavar compulssivamente suas mãos, houve vezes em que a alcalinização do sabonete deixava marcas de queimaduras nas palmas delicadas da menina.



Ela seguia Sergio, com o intuito de tirar um ósculo daqueles lábios, mas ela estranhava: ele dançava por uns oito minutos e sentava-se abruptamente para ouvir música no seu celular.




Ela não se continha, queria ficar com ele. Ela se aproximava, mais perto e o convidou pra dançar ao som de OK GO, ele aceitou surpreso e faceiro.
Eles dançaram e se requebraram até Veronica encostar num colarinho suado de um guri que estava dançando perto deles. Ela ficou histérica e foi ao banheiro o mais rápido possível pra lavar as mãos. Sergio seguiu-a mas antes que pudesse chegar perto de encostá-la, ouviu um "beep", parou um momento, pegou a cadeira mais próxima, o fone de ouvido e escutou uma faixa.

Quando ela voltou, viu Sergio com os olhos fechados e perguntou por que ele faz isso.
Ele respondeu que tinha essa mania, de cada 8 minutos parar e ouvir um música de gênero aleatório.
Ele não hesitou em perguntar à ela por que a pressa até o banheiro, ela disse que tinha compulssão em lavar as mãos.
Eles riram e foram conversando toda a festa, se beijaram e foram se conhecendo mais a fundo com o tempo.

Detalhe: no instante do beijo, Sergio ouviu Barry White e Veronica lavou as mãos com sabonete liquido especialmente para segurar o rosto dele enquanto estiverem se beijando, é claro que depois ela lavou de novo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Roda Viva

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Pra começar esse texto, poderia só ser bobagens pra muitos, mas pra mim e pra minha prima pode ser uma madrugada inteira, ou até por todas as nossas vidas.
Nós fomos até a casa da minha irmã em Chapecó (SC), e já nos sentimos em casa, lendo, escutando música, comprando cds, comprando livros, rindo sobre desenhos animados, examinando letras de música, falando dos nossos "concubinos" (se é que eu posso dizer desse jeito...) e etcetera.

Aproveitar momentos assim, me faz pensar, são das coisas simples como uma conversa descontraída com um copo de 250ml de coca com chokitos e mini-bises, falando sobre o preço de um x-salada com refri em terras catarinenses comparado ao nosso Rio Grande do Sul, ou a "variedade" de cds e livros dos dois estados; tudo isso me lembra, que dessas coisas simples, é que eu adoro mais a vida.

Rodas de amigos, de amigas de pijama, de samba, de chimarrão, de narguilés, de ovo-choco, de reuniões de trabalho, de AA's, de NA's, happy hours, enfim, seja qual for a conversa dessas rodas, aproveitem bem, que são uma das coisas simples da vida, que fazem um dia não tão bom parecer significante.
 

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