domingo, 31 de julho de 2011

*08/04/1993 †31/08/2011-17:25pm |||||| **31/08/2011-17:37pm

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Engraçado como uma epifania simples nos faz ver as coisas ocultas parecerem gloriosas e vitoriosas.

Hoje, depois de uma conversa, eu fui para a minha melhor sessão de relaxamento: uma caminhada pela cidade. Nesse passeio, eu tinha um dever: o dever de ver as coisas que as pessoas tomam o meu exemplo.
Eu nunca gostei de mim mesmo, sempre via os outros como semi-deuses, nunca gostava de mim mesmo. Todos pensam que isso que faço é um grande martírio e falta de gratidão, uma sessão desnecessária de culpa, uma atuação de coitadinho; de fato eu faço, ou fazia...

Quando eu parei de caminhar, eu tirei meus fones de ouvido, sentei no banco do Largo da Biblioteca Municipal e fiquei pensando por uns 12 minutos. O que as pessoas diziam de mim, mas diziam bem?

Um flashback de 12 minutos rebobinou-me para momentos de alegria e também de maleita, mas rememorei somente o que eu devia ver, os elogios.

Sabe, não eram poucos, e os subestimei quando pensei que eles iam se repetir, eram vários e aleatórios.
"Espontâneo, divertido, inteligente"
"A única pessoa que não gosta de ti Leonardo, é tu mesmo"
"Nunca haverá pessoa mais amiga que tu Leo"
"Eu demonstro meu amor pela minha educação"
"Um lorde mesmo"
"O aluno mais preguiçoso da turma, mas, o mais inteligente"
"Vais para muito lugares só se quiser"
"Um tipo único mesmo"
"Um partidão"

Enfim, 12 minutos de um ego nunca-inflado.
Tirei 3 intersecções conclusivas sobre mim:

1. Sou inteligente (parece, mas sou)
2. Sou polido (de fato, poucos homens são cavalheiros e educados)
3. Sou amigo (posso ter poucos amigos, mas os meus poucos, eu zelo por lealdade forte)

Depois de concluir isso, caminhei tão feliz de mim, nunca me senti tão aquecido, tão feliz, tão satisfeito comigo mesmo. :D

Coincidentemente, quando liguei o mp3 do celular, Who Feels Love do Oasis tocou. A letra coube como uma luva para o momento.




Encontrei o que havia perdido dentro de mim




Meu espírito esteve sendo purificado




Acabarei de vez com meu orgulho




E de mãos dadas andaremos para fora daqui




Agradeço-lhe pelo sol que brilha para todos




Quem sente o amor?




Agora existem milhões de anos entre minhas fantasias e medos




Eu sinto o amor




Eu estou despedindo-me de tudo aquilo que vejo




Agora todas as minhas emoções preenchem o ar que eu respiro




Agora você entende que essa não é a terra prometida de qual falam




Não há mais nada para ser




Se você pode ser o remédio que cura o amor.

Eu sinto amor, finalmente, em mim mesmo. Por que? Porque eu sei por que me amam.





PS.: O upload do vídeo falhou, pesquisem a música. Entenderam o porquê essa ela foi essencial para essa epifania.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

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Quem me assegura que, se não tivesse o poder de controlar-me que me foi ensinado, não estaria também participando daquela fantasmagoria, encenando alguém que não sou, apenas para ter, por uns momentos, a ilusão de não estar com os pés na terra?

Luiz Antonio de Assis Brasil


Conivente e ciente de só ver. Não me frustro se vejo as imagens dos meus amigos inebriados nas próprias realidades. O que me frustra, é a minha falta de capacidade de encenar alguém que não sou, quando deveria.
A capacidade de de esquecer de mim; a capacidade de, por uma noite, eu abdicar a polidez; a habilidade do desapego; desapego das coisas simples, complicadas, todas; desapego da realidade.
Principal e urgentemente, desapego espontâneo do controle, auto-controle do qual eu não vivo, do qual me faz somente existir.

Ter a ilusão de não estar com os pés na terra é para os desapegados à coisas, à pessoas, à regras. Ter o know-how do desapego é uma das coisas mais complicadas de aprender com o tempo; e digo em não apreender com o tempo, aprender simplesmente.

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Quem me assegura que, se tivesse o poder do desapego que nunca me foi ensinado, eu seria menos o ator de mim mesmo; encenando minha própria felicidade, sem barbantes do superego; e sem preocupações supérfluas?

Leonardo Cortes

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A noite sempre ganhará

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Eu joguei isto para o vento/mas e se eu estivesse certo?

(Esse é o trecho do 1º verso da música The Night Will Always Win da banda Elbow.)

Pois é, e se eu estivesse?
Tantas vezes a noite ganhou de mim, de muitos, de todos. A noite ganha, sempre.

Parecemos volúveis de dia, parecemos entusiasmados, com nossos deuses dentro de nós; parecemos orgulhosos dos dias, tão galantes do dia que passou, como ele foi ontem e como ele não podemos de deixar de aproveitar o de amanhã; parecemos gratos.

Mas e a noite?

Nós ficamos cansados de noite; pra que mais de uma opção para fazer, entre o que é bom e entre o que é fácil? Ficamos com o fácil. Não parecemos volúveis, entusiasmadamente com os deuses dentro de nós, orgulhosos, galantes e gratos; nós padecemos dessa maneira. A noite nos deixa exaustos, a noite clama por descanso, a noite irá ganhar.

A noite ganha de nós porque é uma criança. Isso mesmo. A noite não é uma criança? Então, uma criança teimosa, calada, obstinada, chorona, serena; uma criança que sinto pena de ver quando suas pitangas choram; uma criança tão oblíqua quanto as atitudes que ela toma; uma criança café-com-leite; uma criança que queria ser como o dia, tão linear como o tempo do dia mas peculiar à guisa da noite.
Sempre deixei as crianças brincarem mesmo. E deixar a noite-criança mais melancólica? Nunca.


A noite sempre ganhará, mas o dia nunca perderá para a noite. :)

Uma vez...

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Quando eu estava de férias, eu fui pra Chapecó ver a minha irmã num dia desses, eu estava vendo TV com a minha prima no notebook da minha irmã repentinamente, meu telefone toca, era uma chamada
eu liguei, e era uma "admiradora secreta"
de Dona Francisca
ela disse que viu meu orkut, ficou extasiada com minhas comunidades, disse que ouviu falar de mim
eu estava tão confuso, mas estava feliz
torpedos depois, quando eu voltasse pra Santa Maria, ela ia me ver
então fiquei esperando pelo dia
mas...
no dia posterior ao dessas mensagens, a menina que tem o nome "guria"
me ligou, dizendo desculpas e que eu devia entrar no messenger
fiquei intrigado, entrei na conversa
a menina de D. Francisca era a prima da "guria"
a queria me testar
nunca a perdoei por isso
nunca...

[A "guria" realmente existiu, e existe ainda]

Repetições

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Perguntas. Perguntas? Perguntas! Perguntas... Perguntas:

Tudo o que tu fazes é motivo de especificação intrínseca?
Para mim, sim. Minha mãe não se cansa de perguntar tudo que faço.

1. Já foi na secretaria do curso para apurar esses papéis?
2. Imprimiu o nome e telefone dos clinicos-gerais?
3. Onde tu vai? Tá chovendo.
4. Que tu conversou com teu pai?
5. Por que tu não me ensina a baixar o "filme da arara-azul" pra mim, já que tu sempre fica vendo filmes no teu quarto?


Canso de tantas perguntas, sabendo que 24 horas depois, ela vai esquecer e perguntar novamente...

#1: Já, e se não, saberia que seria minha responsabilidade por não me lembrar.
#2: Já; eu te entreguei eles ontem...
#3: De manhã eu trabalho.......
#4: Nem tudo que eu converso pro pai eu devo te dizer, e o inverso.
#5: Não tenho paciência mesmo de te ensinar. Não para quieta!!!


Eu sei que devem estar pensando mal de mim, sendo tão colérico com a minha mãe, mas não preciso responder a todas as perguntas que ela repete.
E devem estar pensando que ela está ficando velha por repetir; sim, ela está, mas se ela não souber que repete as perguntas, ela vai melhorar?

Como o verso da música do TV on the Radio: My repetition, my repetition is this (Minha repetição, minha repetição é isto). Pode ser com o tempo, eu consiga lidar situações repetitivas, pode ser que o Alzheimer a abale, mas um dos meu defeitos foi lidar com repetições, elas sempre voltam.

Enfim, foi uma confissão talvez supérflua e precipitada minha.
Mas se eu contar só para minha mãe, é capaz dela esquecer, e eu ter que contar de novo; e eu não sou paciente com repetições.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dois corações guardados

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Vendo os filmes da quadrilogia de Piratas do Caribe, me fez pensar numa questão que reflete bastante minha vida.


Não me identifico com o Jack Sparrow; incrivelmente, identifico-me com o Davy Jones.

Oh, entendo o vilão, o vil da história, da trama do filme... E o Sparrow é um herói por acaso? Sparrow não é mais que um anti-herói oportuno e audaz por sorte.

Agora Jones... David Jones tem meu reconhecimento pela história _ lendária e etérea _ de que foi destinado a navegar pelos mares para recrutar marinheiros que morreram no mar por ordem do amor da vida de Davy: Calypso. Cada dez anos, ele recruta mais almas perdidas para o navio dele, para ter um dia fugaz em terra com Calypso. Ela não veio. Não conciliando a situação, Jones tirou o coração do seu peito, pois a dor era insupotável; e deixou se levar pelo navio a navegar, sendo um despótico amargurado pela dor do amor.

O que isso me envolve? Passei pela mesma situação com uma moça.
Uma vez, sem ação e moção saber exatamente o que dizer à ela, eu não disse, eu escrevi em um cartão-postal o que sentia por ela. Entreguei o cartão, por 25 segundos fiquei sem resposta.
Quando deparo, ela rasga com picardia e raiva o cartão e atira para a lixeira mais contígua.
Meu coração agonizava como se estivesse em uma cama de um prego, ou como se estivesse bebendo cicuta.

Óbvia e visceralmente, não pude arrancar o meu coração e pô-lo numa caixa para não sentir mais dor; uma coisa muito gore nesses tempos....


Mas se fosse possível, o faria com prazer.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Intenção

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(Conversas com meu pai #1)

Não me deixem mentir. Por que vocês guris pedem o email do hotmail?

Como se tudo fosse intenções probas e inocentes de uma intersecção de assuntos. Foi mais, é mais, nós queremos mais, pelo menos eu.
Toda conversa tem uma intenção.
Eu quero conduzir a conversa até ela veja que eu gosto dela, que ela fique interessada. Comento os planos dela para o futuro; falo do cabelo; da roupa; do perfume; do gosto; das músicas que escuta; mimá-la com essas regalias que um ego femimino quer.

Se consequentemente ela virou amiga, o plano não foi executado da maneira correta. Tudo pode ter dado certo, ANTES; mas um ínfimo detalhe, poderia ter debelado com toda a estrutura da máquina perfeita, que seria um momento íntimo com sua parceira. Fazer o que? Somente seremos amigos.

E desse planos fracassados, eu tenho muito, portanto, muitas amigas. Faltava algo; algo dela; algo meu; algo do tempo. Quanto mais se fracassa, diminui-se deveras a confiança.

E se minhas intenções não fracassassem? Eu teria mais amor e atenção do que amizade?

Pode ser...
Mas por ora, tenho muitas amigas pra conversar das, mas ainda terei muitas amásias pra entreter com coisas.

domingo, 24 de julho de 2011

Certo

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Não era pra ser diferente disto. Sendo da forma mais extrema.
O problema não era ela; e ela; e ela; e aquela; e também não foi sua culpa.
Não era pra ser igual. Sendo da forma mais simples.
Sei que não falei o que devia na hora certa, certa, certo...
Certamente não fui certo. Não fui certo na hora, no lugar, na oportunidade, não sou certo.
Certo de que não fui certo contigo, não fui certo comigo certamente.
Ademais, você não veio na hora certa... Nem você era a certa. Nem na hora, no lugar, na oportunidade, você não era a certa.
Só de não estarmos nos nossos devidos lugares e momentos certos, somos iguais. Entende?
Eu não era certo pra ti, nem você pra mim; mas nos entendemos que não era a hora certa para ambos.

Em desencontros incertos, somos certos.
Em encontros certos, estamos desencontrados.

Se leu isto, certamente entendeu. Certo?

Criança

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Eu sou criança imatura sim de furar a caixinha de leite condensado para beber...
Eu sou criança de pedir também minha coca todo dia
Sou criança de, em vez de pedir água, pedir suco
Sou criança de almejar um xis cornucópia em vez de um ala-minuta caseiro
Sou criança de fazer birra por ficar sem uma guloseima
Mas sou criança de não aceitar bala de estranhos
De não beber, de não fumar, de não me aventurar por pura timidez pueril
De ser inocente, de ser autêntico, de ser eu mesmo

Sim, tenho orgulho de ser "criança".

Resenha de "Cultura da Convergência" de Herry Jenkins

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Como o oeste foi conquistado, pela convergência

Como uma analogia ao midwest conquistado pelos cowboys, a mídia está cada vez mais conquistando tudo e todos entrelaçados na teia. Mas não é preciso só homens brancos incumbidos para manifestar o destino; Jenkins, no seu capítulo de introdução, comenta de uma maneira trivial e fluente, as maneiras que a convergência está sendo alicerce para as relações comunicativas.
O primeiro exemplo que ele cita é a New Orleans Media Express de outubro de 2003; evento do qual, ele explica que a convergência serviria como uma revolução de trabalho coletivo da comunicação entre mídias, e também, que a convergência não é um conceito novo: “A convergência é, nesse sentido, um conceito assumindo novos significados” (p. 31). A previsão do cientista político, Ithiel de Sola Pool, de que estamos em um período de adaptação dos meios convergentes de mídia, é outro ponto do qual o autor fala.
Jenkins comenta sua “falácia da caixa preta”, em que os aparatos midiáticos irão transformar-se em uma só caixa. Na verdade, os aparelhos divergem e os conteúdos convergem, como um filme num celular.
No fim da introdução, o autor fala como a convergência não se filtra somente à mídia, e também à vida das pessoas, como a relação enclausurada de uma conversa entre celular, ou computador, e não ao vivo com a pessoa. Outro exemplo dessas reavaliações, Jenkins resume seus os capítulos restantes; dizendo quais métodos de convergência se baseou os programas de TV (como Survivor e American Idol), o cinema (por exemplo, Matrix e Guerra nas Estrelas) e até games (como The Sims). Por fim, ele repassa a sua idéia-tríplice: convergência, inteligência coletiva e participação, e que esses conceitos serão, em questão de tempo, redefinirão a cultura.

sábado, 23 de julho de 2011

Independência ou morte...

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Nas margens do Ipiranga, essa frase foi bradada para o Brasil ser o que é agora, mas, de uma forma pragmática, ela pode muito bem ilustrar a situação de alguns contemporâneos. O contemporâneo sou eu.
Long story short: eu comprei, do meu dinheiro do meu primeiro salário, uma coca-cola de 1,5 litros; cheguei em casa, pus a coca para gelar, enquanto isso dormi esperando um copo; mas quando abro a porta da geladeira, minha mãe reclama de um refrigerante chegar num dia de semana; ela disse que vou gastar todo meu dinheiro com pizza, refri, chocolate, e não vou economizar para algo que preste, e os 150 reais que ficaram¿ E ela fala que minha saúde vai piorar à míngua se eu tomar todo dia coca; eu nem cogitei a possibilidade de tomar refrigerante todos os dias!
Convenhamos, o dinheiro é (finalmente) meu, a glicose (visceralmente) é minha, e se quisesse por todo o resto da minha existência vigiada, tomar refrigerante diariamente, eu posso fazer isso, mas com parcimônia e respeito; só por eu ter meu digno salário, eu não barbarizar-me para qualquer lugar, experimentando qualquer substância, bebendo até eu regurgitar fel, isso não; mas brigar comigo por uma garrafa de coca-cola¿
Isso, ou morte...

Imortal

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Ah, imortalidade, essa condição que todo ser humano quer, de jeitos vários; há pessoas que alcançam imortalidade pelo amor incondicional de alguém, simplesmente; alguns conseguem imortalidade pela notoriedade, Elvis não morreu, as músicas de Lupicínio ainda tocam, as histórias de Twain são editadas, eles são imortais; mas no meu ver, ser imortal não é o ato de não-morrer, e sim de nunca falhar.
Como¿ Não falhar¿
Justifico minha resposta com meu mês de maio. No meu mês de maio de 2011, meus professores da faculdade entregaram as minhas provas. Prova de sociologia: 4,75. Prova de tratamento de imagem: 3,0. Prova de história da comunicação: 5,75. Todas valendo 10. Foi por pouco estudo, e também porque comecei a sair na noite este ano, mas como quebrador de paradigmas que quero ser, tentei desmantelar o tabu da tristeza do 1º semestre. Mas, isso ainda não justifica a imortalidade... Isso é a terça parte da teoria.
No decorrer de maternal, pré-escola, fundamental e médio, tive notas sempre acima da média, sem precisar se matar para estudar, só prestando atenção no professor. Tá Leonardo, e aí¿
Agora a elucidação, para mim, nunca ir mal nas provas, inflava-me o ego, eu era infalível, eu era inteligente, eu era imortal, EU ME SENTIA IMORTAL PORQUE NUNCA FALHAVA. Mas quando aquelas notas vieram, como diria a Maysa: Meu mundo caiu.
Depois do que tu, o leitor, leste até agora, deve estar pensando que sou um nerd absorto na própria arrogância da assiduidade das notas escolares. Não, eu conversava com os colegas, mas chegava a ser o nerd sociável, o nerd legal.
Depois dessas notas, eu disse para minha mãe, e ela ficou mais tesa do que pensava que não estaria. Ela perguntou algo que me deixou atônito:
_ Leonardo, tu és imortal¿ Tu és infalível¿
Eu respondi tão cabisbaixo:
­_ Não mais
Desde aquela conversa, descobri que até em algo que gostava, eu podia ter um resultado malogrado, descobri que era falível, pior, descobri que era mortal.
Contudo, já que sou mortal, posso errar mais vezes; posso ser visto como ser, e não como simulacro; posso parecer menor para minhas parcas qualidades.
Ademais, ser imortal e não viver, deve ser sem graça.

Ensaio sobre mim mesmo

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(Uma de muitas variações neuróticas dos meus dias medíocres)


Foi uma semana extenuante, por causa de algo que aconteceu: quando fiz uma piada, ninguém entendeu; mas quando meu amigo, que é como um bufão da turma, fez a mesma piada, todos riram; como que não riram quando eu disse a mesma piada¿
Ao longo da semana fiz essa pergunta, sem comentar a não ser à minha psicanalista, eu mancomunei como eu poderia ser mais engraçado e mais espontâneo. Mas como mudar uma imagem estanque, fria, confusa, imatura, inocente, quase-pária de um jovem homem de 18 anos¿
Não respondi a 1ª pergunta do 1º parágrafo, mas vou responder a do 2º parágrafo. Você, ou eu (eu não sei que é o leitor), mas enfim, nós mudamos de um semestre pra outro para encaixarmo-nos num grupinho. Nesse tópico eu tenho conceitos e princípios que não mudam simplesmente com conselhos amistosos, sessões metapatopsicológicas ou ansiolíticos. Eu não quero mudar!! Já dizia Chris Cornell na música: BE YOURSELF IS ALL THAT YOU CAN DO – SER VOCÊ MESMO É TUDO QUE VOCÊ PODE FAZER. Ser eu mesmo, até mesmo dizendo numa maneira arrogante, é a melhor coisa que eu sei fazer, e é a única. Se eu não sou engraçado, se faço piadas muito oportunas em momentos inconvenientes ou; se sou um projeto de existência sociável e humorística que faz piadas muito ruins; ou, se como digo, eu nasci 7 segundos à frente do meu próprio tempo que as pessoas entendem as piadas depois; eu não sei sobre essas alternativas.
Mas de uma coisa eu sei de mim mesmo que eu faço muito bem: ser amigo. Depois de um dia de aula, uma sessão de filme da faculdade, eu e mais 3 colegas meus ficamos na casa de um colega meu, e ficamos lá conversando e eles bebendo (já que eu estava mal de uma enxaqueca e de uma fome, eu pedi um relaxante com coca só). Com mais de 4 horas de conversa, risadas e mais ou menos umas 9 latas de Polar depois, estávamos conversando sobre a turma, futebol, as colegas, as veteranas; mas eu cheguei a um ponto quase crítico, como que eu consegui ser amigo deles com eles bebendo, e eu fraco, tomando coca¿ E um deles disse:
_ Por causa da tua companhia pia, mesmo não bebendo, tu vai pela conversa, isso é muito bom!
Eu me senti muito lisonjeado de uma coisa que eu de facto faço. E isso da minha personalidade, sem precisar eu malograr minhas qualidades (inúteis e pífias rsrs).
Naquele dia, “ser eu mesmo” está começando a ser mais confortável.

23 de maio, 11:31pm
Enquanto ouvia o álbum “Goblin” do Tyler the Creator

Finalmente, ariano

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Do diferente. Farei as coisas de um jeito diferente do meu. Começando pelo meu signo: serei mais ariano. Como? Não sei...


Serei mais líder de mim; mais impulsivo; se eu pensar muito, não acontece.


Um ariano ama intensamente e gosta de se sentir admirado. De fato, eu gosto disso, mas não sei o que deixava absorto em abnegação.
Eu não sei mesmo o que me dizia que não mereço, que não sou digno, mesmo batalhando muito.
Ainda faço; ainda digo que não mereço, ainda digo que existe gente melhor do que eu, e de fato existe!
O que faz de mim não pensar que essa gente também não deve achar que sou o melhor? De que esse pensamento de martírio é só meu? Todos os outros são melhores? Sartre dizia que os outros eram o inferno, não é?
Menos auto-comiseração é preciso da minha parte, MAS MAIS ATENÇÃO, ISSO EU PRECISO DOS OUTROS.
Como qualquer um, não quero viver como vegetal das minhas absorções inventadas, quero mostrar pro mundo minhas idéias para analisarem; meus trocadilhos para rirem; meus preconceitos para corrigirem; enfim, ser valente, ser impulsivo, ser ariano.

 

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