domingo, 13 de novembro de 2011

Réu

"Pois o meu crime foi gostar de você" já dizia Tonho Crocco
Pela intensidade da frase você já pensa que me estenderei pela temática ou do crime ou da paixão.
Pois bem, irei pela paixão contornando o tribunal, pois não dá pra pronunciar em palavras (quizás ainda) o que sinto por certa pessoa.


Hoje sou juiz, juri, réu, mas não sou executador.

Sou juri por saber arbitrar minhas vontades, e distinguir um possível paixão de um platonismo. Estou deslubrado por uma menina - melhor, uma moça; mas não sei como dizer pra ela sem parecer desesperado ou abrupto.

Sou juiz por tomar a decisão de reclamar um pouco do tempo dela para mim. Por bater o martelo e não voltar atrás em mais alguém se não ela.

Agora... eu sou réu confesso de não ter feito nada de extraordinário para ela saber que gosto dela. Converso com ela no mesmo módulo mas só algumas vezes apareci para ela. O que com meus trâmites da faculdade e os estudos pro vestibular dela dificultam mais nossas visitas.

E não sou executador por não me corrigir, por não acatar um ultimato para mim. Sou só um cômodo camponês calado na própria sombra da expectativa (por sinal inercialista), não sou um carrasco para me impor estratagemas radicais.

Se ela ler esse texto, que ela entenda, é difícil falar que gosto dela. É um assunto não mais que amoroso, é também jurídico (risos). Se a pessoa certa ler, que fale. Pois esta será minha executadora.

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