quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Importar-se é importante

Fazia um ínterim que eu não postava nada no Inercialismo, porque eu estava ocupado com coisas do final do ano, mais outras questões familiares. Principalmente, pois tive um bloqueio para postar algo no blog. Muitas idéias que eu tive para escrever eu não escrevi - por letargia.

Porém, depois de uma junção da turma - regrada a pizza e perguntas de "verdade e verdade", quando estava indo para casa, de carona para casa com o meu amigo Vinicius Gaiger, eu já um pouco sonolento e tonto, fui conversando com ele sobre algumas coisas que coçam na minha mente.

Numa destas querelas é a questão do se importar.

Como? Por que? Por quem eu me importo? Por que eu me importo com alguém que pode me machucar, e eu continuar a me importar? Mesmo a pessoa ignorando, por que eu não ignoro também?

Isso pode ser ingenuidade confiante de não haver maldade ou indiferença no mundo, mas existe. Haverão pessoas que tem um grande desapego em qualquer assunto, seja material como pessoal. Presumo que tenho um desapego material mesmo, porque no pessoal, o meu apego é mais grudento que uma amoeba.

Depois desse ano, eu percebi e percebo, que existirão pessoas tão frígidas e desapegadas que vão te abalar - se você se importa bastante com amizade, mutualidade, confiança e conversação. Eu era uma pessoa que se importava.

...

E ainda me importo.

Enquanto muitas pessoas que podem ter tudo e perder facilmente emocionalmente, eu mantenho e cuido tão bem o que recebo que me importo. Isso não é bom? Isso não é importante? Isso é importante sim. É importante se importar, não com o que as pessoas dizem, mas com as pessoas em si. Foda-se, se eu me importo e você não. Pelo menos, terão pessoas que virarão para mim e saberão que tenho carinho para oferecer, diferente da famigerada atitude dos frios que nunca receberão feedback sentimental.

Desapego é bom? Eu tento, mas não consigo, infelizmente. Então, tenho que me contentar com o que a casa oferece, que é apego. Apego não é uma algema, apego é uma mão dada. Apego não são grilhões, o nome disso é falta de liberdade, o apego é diferente disso.


[Desculpe a falta de cortesia e humildade nesse texto. É um jeito de defender os apegados.]

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