sábado, 23 de julho de 2011

Imortal

Ah, imortalidade, essa condição que todo ser humano quer, de jeitos vários; há pessoas que alcançam imortalidade pelo amor incondicional de alguém, simplesmente; alguns conseguem imortalidade pela notoriedade, Elvis não morreu, as músicas de Lupicínio ainda tocam, as histórias de Twain são editadas, eles são imortais; mas no meu ver, ser imortal não é o ato de não-morrer, e sim de nunca falhar.
Como¿ Não falhar¿
Justifico minha resposta com meu mês de maio. No meu mês de maio de 2011, meus professores da faculdade entregaram as minhas provas. Prova de sociologia: 4,75. Prova de tratamento de imagem: 3,0. Prova de história da comunicação: 5,75. Todas valendo 10. Foi por pouco estudo, e também porque comecei a sair na noite este ano, mas como quebrador de paradigmas que quero ser, tentei desmantelar o tabu da tristeza do 1º semestre. Mas, isso ainda não justifica a imortalidade... Isso é a terça parte da teoria.
No decorrer de maternal, pré-escola, fundamental e médio, tive notas sempre acima da média, sem precisar se matar para estudar, só prestando atenção no professor. Tá Leonardo, e aí¿
Agora a elucidação, para mim, nunca ir mal nas provas, inflava-me o ego, eu era infalível, eu era inteligente, eu era imortal, EU ME SENTIA IMORTAL PORQUE NUNCA FALHAVA. Mas quando aquelas notas vieram, como diria a Maysa: Meu mundo caiu.
Depois do que tu, o leitor, leste até agora, deve estar pensando que sou um nerd absorto na própria arrogância da assiduidade das notas escolares. Não, eu conversava com os colegas, mas chegava a ser o nerd sociável, o nerd legal.
Depois dessas notas, eu disse para minha mãe, e ela ficou mais tesa do que pensava que não estaria. Ela perguntou algo que me deixou atônito:
_ Leonardo, tu és imortal¿ Tu és infalível¿
Eu respondi tão cabisbaixo:
­_ Não mais
Desde aquela conversa, descobri que até em algo que gostava, eu podia ter um resultado malogrado, descobri que era falível, pior, descobri que era mortal.
Contudo, já que sou mortal, posso errar mais vezes; posso ser visto como ser, e não como simulacro; posso parecer menor para minhas parcas qualidades.
Ademais, ser imortal e não viver, deve ser sem graça.

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