terça-feira, 26 de julho de 2011

Dois corações guardados

Vendo os filmes da quadrilogia de Piratas do Caribe, me fez pensar numa questão que reflete bastante minha vida.


Não me identifico com o Jack Sparrow; incrivelmente, identifico-me com o Davy Jones.

Oh, entendo o vilão, o vil da história, da trama do filme... E o Sparrow é um herói por acaso? Sparrow não é mais que um anti-herói oportuno e audaz por sorte.

Agora Jones... David Jones tem meu reconhecimento pela história _ lendária e etérea _ de que foi destinado a navegar pelos mares para recrutar marinheiros que morreram no mar por ordem do amor da vida de Davy: Calypso. Cada dez anos, ele recruta mais almas perdidas para o navio dele, para ter um dia fugaz em terra com Calypso. Ela não veio. Não conciliando a situação, Jones tirou o coração do seu peito, pois a dor era insupotável; e deixou se levar pelo navio a navegar, sendo um despótico amargurado pela dor do amor.

O que isso me envolve? Passei pela mesma situação com uma moça.
Uma vez, sem ação e moção saber exatamente o que dizer à ela, eu não disse, eu escrevi em um cartão-postal o que sentia por ela. Entreguei o cartão, por 25 segundos fiquei sem resposta.
Quando deparo, ela rasga com picardia e raiva o cartão e atira para a lixeira mais contígua.
Meu coração agonizava como se estivesse em uma cama de um prego, ou como se estivesse bebendo cicuta.

Óbvia e visceralmente, não pude arrancar o meu coração e pô-lo numa caixa para não sentir mais dor; uma coisa muito gore nesses tempos....


Mas se fosse possível, o faria com prazer.

0 comentários:

Postar um comentário

 

Inercialismo © 2010

Blogger Templates by Splashy Templates