sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quem me assegura que, se não tivesse o poder de controlar-me que me foi ensinado, não estaria também participando daquela fantasmagoria, encenando alguém que não sou, apenas para ter, por uns momentos, a ilusão de não estar com os pés na terra?

Luiz Antonio de Assis Brasil


Conivente e ciente de só ver. Não me frustro se vejo as imagens dos meus amigos inebriados nas próprias realidades. O que me frustra, é a minha falta de capacidade de encenar alguém que não sou, quando deveria.
A capacidade de de esquecer de mim; a capacidade de, por uma noite, eu abdicar a polidez; a habilidade do desapego; desapego das coisas simples, complicadas, todas; desapego da realidade.
Principal e urgentemente, desapego espontâneo do controle, auto-controle do qual eu não vivo, do qual me faz somente existir.

Ter a ilusão de não estar com os pés na terra é para os desapegados à coisas, à pessoas, à regras. Ter o know-how do desapego é uma das coisas mais complicadas de aprender com o tempo; e digo em não apreender com o tempo, aprender simplesmente.

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Quem me assegura que, se tivesse o poder do desapego que nunca me foi ensinado, eu seria menos o ator de mim mesmo; encenando minha própria felicidade, sem barbantes do superego; e sem preocupações supérfluas?

Leonardo Cortes

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